Práticas pedagógicas ajudam na promoção da igualdade racial
O Nathan, de seis anos, gosta de filmes e desenhos de super-heróis como a maioria dos meninos dessa idade. Mas os preferidos dele são aqueles em que o personagem principal é uma pessoa negra, assim como ele.
A mãe do Nathan, Luciana Silva Gonçalves, de 31 anos, percebeu a necessidade de reforçar o protagonismo negro na vida dele, para melhora da autoestima, quando o menino tinha apenas quatro anos.
O Nathan contou com o apoio, na creche onde estudava, da professora Joana Marques. Ela trabalha na rede municipal de ensino de Rio Branco, no Acre, e é pesquisadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do estado.
Joana adotou práticas pedagógicas na sala de aula. Usou filmes, animações e livros nos quais os negros são protagonistas e referências positivas, e não ligados somente a escravidão e a situações de inferioridade. Para ela, esses materiais ajudam na promoção da igualdade racial.
Joana lembra, inclusive, que o ensino da história e cultura afro-brasileiras está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Na opinião dela, a sala de aula pode ser um espaço de fortalecimento da identidade de pessoas negras, principalmente na educação infantil. Referências positivas desde a infância vão influenciar no desenvolvimento intelectual e na autoestima das crianças.
A Luciana, mãe do Nathan, que você ouviu no início da reportagem, ressalta como isso mudou a percepção do menino em relação a si mesmo.
