Nesta quarta-feira (03), as aulas nas escolas estaduais voltaram ao sistema 100% presencial e sem rodízio de estudantes. Isso porque a partir de agora já não há mais a obrigatoriedade da distancia de 1 metro entre as carteiras nas salas. Mas o uso de máscara e a higienização com álcool permanecem.
O movimento Famílias pela Vida e o sindicato dos professores do estado de São Paulo, a Apeoesp, são contra essa volta obrigatória. De acordo com o Movimento, a pandemia não está controlada e eles reivindicam junto à Secretaria de Educação que não seja exigido o retorno 100% presencial e que as famílias possam optar pelo sistema híbrido ou remoto.
Já a Apeoesp tem afirmado que o governo do estado não disponibiliza funcionários suficientes para efetuar a higienização das escolas. Ana Paula Lima, professora e conselheira da Apeoesp em Osasco, deu o exemplo da escola onde trabalha.
Por outro lado, organizações como o Todos Pela Educação reconhecem que o sistema de aulas remoto ou híbrido reforçou desigualdades nessa pandemia e tem deixado estudantes desmotivados e aumentado a evasão escolar. Eles defendem que nesse retorno às aulas deve haver uma busca ativa de estudantes para trazer de volta os alunos às escolas e reverter a evasão.
Cabe lembrar que a secretaria estadual de educação determinou que só poderão permanecer em ensino remoto aqueles estudantes que apresentarem atestados médicos comprovando situação de risco.
Procurada, a Secretaria Estadual de Educação não respondeu os questionamentos sobre falta de funcionários de limpeza até o fechamento da reportagem.