Bem antes de 1822, já estouravam no Brasil movimentos que questionavam o poder da Coroa portuguesa. Entre eles, destaca-se a Inconfidência Mineira, em 1789, que terminou com a morte e o esquartejamento de Tiradentes.
Menos de 10 anos depois, em Salvador, o governo prendeu os responsáveis por distribuir panfletos contra a autoridade real, episódio que ficou conhecido como Revolta dos Alfaiates, ou Conjuração Baiana, que uniu integrantes da elite local, soldados de baixa patente, e pessoas das classes mais pobres.
O historiador Flávio Cabral, da Universidade Católica de Pernambuco, destaca que esses movimentos representavam a insatisfação de diferentes setores em relação à ordem colonial.
Ao contrário dos movimentos em Minas e na Bahia, a Revolução de Pernambuco de 1817 conseguiu tomar o poder e governou a província por mais de 60 dias, até ser esmagada pelas tropas fiéis à Lisboa.
O professor de história Flávio Cabral ressalta que a repressão a essas revoltas era rigorosa.
As revoltas do período colonial foram influenciadas pela Revolução Francesa, com seus ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade, e pelos processos de independência da América Espanhola, com destaque para a Revolução do Haiti.
Para conferir as outras reportagens e entrevistas exclusivas sobre o tema clique aqui.
*Com produção de Beatriz Evaristo, sonoplastia de José Maria Pardal