Cerca de 30% das cidades brasileiras não apresentam critérios técnicos para a escolha de diretores nas escolas de educação infantil.
É o que mostra a pesquisa “Qualidade da oferta da Educação Infantil no Brasil” realizada pela Universidade Federal do Rio, em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
O estudo revela que 35% dos municípios do Centro-Oeste e do Sudeste, e 32% do Sul, não utilizam conceitos como titulação acadêmica, curso de formação para gestores escolares, tempo de serviço e experiência em gestão, para a escolha dos diretores. Nas regiões Norte e Nordeste, a proporção cai para 22%.
De acordo com Beatriz Abuchaim, gerente de Conhecimento Aplicado na Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a condução ao cargo neste formato, sem a exigência dessas avaliações, impactam na formação do aluno.
O documento também apresenta um raio-x das condições físicas das escolas para proporcionar, por exemplo, momentos de lazer para os pequenos. Para Beatriz Abuchaim, os resultados reforçam as desigualdades regionais.
Com relação à leitura em sala de aula, 15% dos professores não lêem livros todos os dias para os alunos. Segundo Beatriz Abuchaim, esse cenário é preocupante.
A pesquisa ouviu mais de 4.600 gestores municipais, 35.188 diretores e mais de 23.900 professores. A íntegra do estudo você confere no site da fundação: fmcsv.org.br