Menos de 50% dos alunos do país alcançaram o nível mínimo de aprendizado em matemática e ciências na edição de 2022 do Pisa (o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Na comparação com os resultados de 2018, o ano anterior avaliado, os resultados foram similares (o que não significa notas altas).
Apenas 1% dos nossos estudantes conseguiram os níveis 5 ou 6, considerados os mais altos, quando os alunos resolvem problemas complexos. Mesmo em leitura, o percentual ainda fica abaixo da média de outros países que participam do exame.
Os resultados do Pisa foram divulgados hoje, pelo Ministério da Educação e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que coordena a prova. O Pisa é aplicado a cada três anos, desde 2000, a estudantes de 15 anos de idade, com objetivo de melhorar as políticas e resultados educacionais. Em 2022, 690 mil estudantes de 81 países fizeram os testes. No Brasil, participaram quase 11 mil alunos, de 599 escolas, públicas e privadas.
Com os resultados de 2022, o Brasil continua no grupo abaixo da média dos países da OCDE nas três disciplinas. No ranking, ficou na posição 64 em matemática, 53 em leitura e 61 em ciências, atrás de outros latino-americanos, como o Chile, Uruguai, México e a Costa Rica.
O coordenador do Pisa, Andreas Schleicher apontou que um dos problemas que os estudantes pobres de países como Brasil, Jamaica e Camboja enfrentam é a falta de segurança. E que isso afeta o rendimento escolar.
Se os resultados do Brasil no Pisa não estão bons, o desempenho médio mundial caiu em 2022, na comparação com 2018. Uma das causas apontadas pela coordenação do exame foi o período de pandemia de covid-19.
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