Dados do IBGE mostram que a taxa de escolarização dos adolescentes de 15 a 17 anos caiu de 92,2% em 2022 para 91,9% em 2023. Embora pequeno, esse foi o primeiro recuo da série histórica, iniciada em 2016. Entre esses jovens, quase 20% não estavam ocupados nem estudando. Para a maioria dos homens, o principal motivo para deixar a escola foi a necessidade de trabalhar, seguido pela falta de interesse. Já para as mulheres, o principal motivo também foi a necessidade de trabalhar, mas seguido pela gravidez.
Já a quantidade de pessoas de 25 anos ou mais que concluíram, pelo menos, o ensino médio continuou subindo, alcançando 54,5% em 2023.
Mas a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy explica que esse indicador é marcado por diferenças regionais.
“Enquanto o Centro-Oeste a gente tem um indicador de 58, no Sudeste quase 60%, na região Nordeste do país menos da metade da sua população de 25 anos ou mais concluíram ao menos a etapa do ensino básico obrigatório”.
A rede pública de ensino atendeu a maior parte dos estudantes desde a creche até o ensino médio, sendo, em 2023, responsável por 77,5% dos alunos na creche e pré-escola; pouco mais de 82% dos estudantes do ensino fundamental e de 87% do ensino médio regular. Por outro lado, a maior parte dos alunos do ensino superior e da pós-graduação estavam na rede privada.