Em quatro anos, 38 pessoas foram mortas em ataques a políticos no Rio
Quarenta e seis políticos foram atacados a tiros na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, de 2016 para cá, de acordo com um levantamento da plataforma Fogo Cruzado. Isso representa uma média de nove baleados por ano, e do total, 38 morreram. A plataforma registrou ainda 13 ataques que não deixaram vítimas, três deles ocorridos na semana passada.
Somente este no, já são sete os alvejados, e apenas um deles sobreviveu, o vereador carioca candidato a reeleição Zico Bacana, baleado no início deste mês. No entanto, no mesmo ataque, outras quatro pessoas foram feridas e duas não resistiram.
Para a analista de dados da plataforma, Maria Isabel Couto, isso mostra como as disputas políticas no estado não estão sendo decididas apenas nas urnas.
A Baixada Fluminense concentrou 76% do total de políticos baleados nesses cinco anos, com 35 vítimas, das quais 29 morreram. Entre os municípios da região, Nova Iguaçu é o “campeão” com sete mortos e um ferido, seguido de perto por Magé, com sete políticos alvejados nos últimos anos, todos mortos.
Além disso, os analistas da plataforma destacam que das 46 vítimas registradas no período avaliado, 11 eram agentes de segurança pública. Seis deles morreram.
Os casos ocorridos este ano acenderam um alerta para as autoridades públicas. Depois que dois candidatos a vereador foram assassinados em Nova Iguaçu, a polícia civil montou uma força tarefa para investigar grupos de milícias e tentar diminuir a sua influência no pleito.
A Polícia Federal também anunciou reforços para a segurança em Magé após o assassinato de uma mulher que estava trabalhando como cabo eleitoral, logo depois dela ter denunciado supostos esquemas de corrupção no município.