Ícone do breaking, Pelezinho projeta estreia olímpica da modalidade
Apesar do apelido de infância, não foi a habilidade nos gramados que o levou Alex José Gomes Eduardo, o Pelezinho, a conhecer o mundo. Ele esbanja alegria nas pernas, mas não só nelas. O corpo todo se movimenta nas batidas que embalam as batalhas de breaking, ou como se chama popularmente, breakdance.
Foi apresentado à dança há 25 anos, e naquele época ele sequer imaginava que um dia essa dança se tornaria modalidade olímpica, como acontecerá em 2024, nos Jogos de Paris, na França.
Pelezinho não precisou de uma Olimpíada para se apaixonar pelo breaking, ao conhecê-lo em uma roda de dança no centro de São José do Rio Preto, cidade do interior paulista onde nasceu.
A relação com a música é umbilical, de uma família de sambistas e capoeiristas, estilos que o embalam na pista desde 2005, quando disputou pela primeira vez o Red Bull BC One, maior torneio da modalidade no mundo.
A exibição de atletas embalados por música não é novidade na história olímpica. As ginásticas artística e rítmica e o nado artístico estão aí para provar. Ainda não se sabe como serão as disputas do breaking em Paris, mas Pelezinho entende que por ser a 1ª edição, as competições serão no formato de um contra um, em categorias masculina e feminina.
Pelezinho aponta japoneses, holandeses, norte-americanos, chineses e russos como fortes candidatos a medalha em 2024, além dos brasileiros. Por aqui, destaca nomes como Mateus Melo, o Bart; Francisco Cleiton, o Till; e Leony Pinheiro.
Mas alerta para que os responsáveis pelo breaking no país não demorem a estruturar torneios e seletivas. Hoje, a representação brasileira filiada à Federação Mundial de Dança Esportiva, entidade internacional da modalidade, é o Conselho Nacional de Dança Desportiva e de Salão.
Acompanhar in loco a estreia olímpica do breaking em Paris, daqui a três anos, é um sonho, mas que Pelezinho não vê sendo realizado como atleta. Atualmente fora das competições e mais envolvido com a criação e a organização de eventos, Pelezinho se imagina integrando a comissão técnica de uma eventual seleção brasileira.