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Para campeão paralímpico, divisão por gênero na bocha é positiva

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Lincoln Chaves- Repórter da Rádio Nacional
18/02/2022 - 08:35
São Paulo

A bocha paralímpica é praticada por pessoas com um grau severo de comprometimento físico-motor, seja por paralisia cerebral ou lesão medular. Até a Paralimpíada de Tóquio (Japão), os atletas eram divididos somente por classes, conforme a dimensão da deficiência. Ou seja, homens e mulheres competiam juntos. A partir de agora, para os Jogos de Paris (França), há separação por gênero.

Uma mudança que o medalhista paralímpico Maciel Santos, que tem paralisia cerebral, acredita que será boa para o Brasil. Segundo ele, antes, eram apenas sete medalhas em disputa (quatro no individual). Agora, são mais possibilidades, tanto para homens, como para mulheres, buscarem um lugar no pódio.

Nos Jogos de Tóquio, as medalhas individuais foram somente para homens, nas quatro classes da bocha. Duas delas, de prata, vieram para o Brasil, sendo uma com o próprio Maciel, que foi campeão em Londres 2012 (Reino Unido). Antes da divisão por gênero, o país tinha uma mulher no top-10 de alguma categoria. Agora, são cinco.

Na Copa América, realizada em dezembro, em São Paulo, já neste novo sistema, a seleção brasileira foi ao pódio dez vezes nas provas individuais: cinco no masculino e cinco no feminino. Sinal que o Brasil pode vir forte para o Campeonato Mundial deste ano, que será no Rio de Janeiro, entre 3 e 14 de dezembro. Maciel está na expectativa e convidou a torcida a marcar presença no Parque Olímpico para apoiar os atletas do país.

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