O dia 9 de agosto está marcado na história do esporte brasileiro. Há 30 anos, a primeira medalha dourada do país em uma modalidade coletiva veio na quadra do Palácio Sant Jordi, em Barcelona, na Espanha. Coube a um jovem oposto, de 19 anos, o saque indefensável que liquidou o duelo com a Holanda, em 3 sets a 0. As imagens da conquista seguem frescas na memória de Marcelo Negrão, como ele recorda à Rádio Nacional e à Agência Brasil.
Com a experiência de quem respira voleibol desde Barcelona, hoje como treinador, Negrão não tem dúvidas de que aquele Brasil revolucionou o esporte.
Outra característica tida como determinante para o sucesso foi a união de quem estava sempre em quadra e dos que pouco atuavam. É que o lembro Talmo, levantador daquela seleção e reserva de Maurício.
A campanha teve a batuta de José Roberto Guimarães. Foi a primeira de três medalhas de ouro dele como técnico. As outras foram com a seleção feminina. Para Talmo, Zé foi o mestre daquele grupo.
O Brasil se firmou como potência do voleibol. Entre os homens, voltou a ser campeão olímpico em 2004 e 2016 e conquistou o tri mundial em 2002, 2006 e 2010. No feminino, a seleção foi ouro nos Jogos de 2008 e 2012. Na última Olimpíada, em Tóquio, no Japão, o time masculino ficou em quarto e as mulheres levaram a prata. Marcelo Negrão não tem dúvidas que os brasileiros têm chances de beliscar o pódio novamente em Paris, na França, daqui dois anos.
Talmo também acredita em uma boa campanha em Paris, mas pede paciência com a reformulação das seleções brasileiras.
Marcelo Negrão, Maurício, Paulão, Carlão, Giovane, Tande, Pampa, Talmo, Jorge Edson, Janélson, Amauri, Douglas Chiarotti e José Roberto Guimarães. A história do vôlei e do esporte olímpico brasileiro passa por vocês.