Africanos mantém a hegemonia e voltam a vencer a Corrida de São Silvestre
Na edição 98 da Corrida de São Silvestre, realizada neste domingo, em São Paulo, foi confirmada a hegemonia africana no podium. Mais especificamente queniana. Timothy Kiplagat, do Quênia, com o tempo de 44 minutos e 52 segundos, foi o vencedor no masculino e, Catherine Reline, também do Quênia, tornou-se bicampeã da prova com o tempo de 49 minutos e 54 segundos. Ela, que tem apenas 21 anos, já havia vencido a edição do ano passado. Os brasileiros melhores colocados em 2023 foram Felismina Cavela, no feminino, e Jonathas de Oliveira, no masculino; ambos alcançaram a sexta colocação. Uma curiosidade: Felismina é angolana naturalizada brasileira. O Brasil garantiu o 1º lugar na categoria cadeirantes, com Fernando Aranha.
A história da África na São Silvestre impressiona. No Masculino, desde 1992, contando com a vitória deste domingo, os atletas africanos venceram 25 edições. E desde 2011, eles não saem do topo do podium. O Quênia é o maior representante dessa hegemonia. Com a vitória de Timothy Kiplagat, na edição 2023, já são 16 conquistas em primeiro lugar do país africano. O último brasileiro a vencer a corrida foi Marílson G. dos Santos, em 2005.
No feminino, a trajetória africana também é marcante. Desde 2007, Quênia e Etiópia se revezam na primeira colocação. E a força queniana mais uma vez se faz presente: com o bicampeonato de Catherine Reline, foram 13 vitórias nas últimas 16 edições da São Silvestre. A última vez que uma atleta de origem não-africana venceu a prova foi em 2005, com a brasileira Lucélia Peres.