Boxeadoras enfrentam questionamentos quanto ao gênero e ataques online
![Reuters/Peter Cziborra/Proibida a reprodução Imane Khelif em Paris
3/8/2024 Reuters/Peter Cziborra/Proibida a reprodução](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Durante os Jogos Olímpicos de Paris estamos vendo duas atletas do boxe serem alvo de questionamentos quanto ao gênero, se poderiam de fato competir como mulheres. As boxeadoras Imane Khelif, da Argélia, e a duas vezes campeã do mundo, Lin Yun-Ting, de Taiwan, estão no centro dessa polêmica e foram alvos de agressões nas redes sociais.
Imane Khelif foi acusada de ser transsexual. A boxeadora e sua família declararam que ela é mulher. Fotos de Imane criança circularam nas redes sociais mostrando que ela sempre foi tratada como menina. Na Argélia, há leis contra a homossexualidade e a transexualidade, o que torna improvável que a atleta fosse selecionada para competir pelo país se não fosse uma mulher cisgênero.
Mas o que é cisgênero, transgênero, intersexo? Palavras que a gente ouviu com frequência nos últimos dias. Muita gente opinou sem saber do que se tratam e de como o assunto exige conhecimento e delicadeza para ser abordado.
De acordo com Glossário da Sexualidade Humana, da ABRAI, Associação Brasileira Intersexo, cisgênero corresponde às pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi determinado ao nascer. Por exemplo, uma pessoa que foi identificada como menina e se reconhece como do sexo feminino. O transgênero já é o oposto, alguém que foi identificado como menino ou menina ao nascer e não se identifica com o gênero que lhe foi atribuído.
Apesar da biologia ter consolidado o sexo como algo binário, homem ou mulher, ela também fala sobre uma variação entre essas duas formas de olhar o sexo biológico, que são os grupos dos intersexos, como explica Talita Fabiano, psicóloga da Abrai.
Talita avalia que a diversidade humana ainda precisa ser muito mais refletida e não pode se fechar nesse binarismo que, segundo ela, é socialmente imposto. Ela observa que algumas dessas características das pessoas intersexo podem não ser visíveis de imediato.
Segundo a psicóloga Talita Fabiano, há cerca de 150 variações intersexos. A discriminação contra essas pessoas é chamada intersexismo, de acordo com a Associação Brasileira Intersexo, e elas podem enfrentar esse preconceito em diversas áreas como na educação, emprego, saúde, esporte, com impacto na saúde mental e física e nos níveis de pobreza, inclusive como resultado de práticas médicas prejudiciais.
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