A Regional do Rio de Janeiro da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) lançou nesta segunda-feira (28) o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Por meio desse programa, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), em parceria com a Secretaria de Políticas para a Igualdade Racial (Seppir), a ONU Mulher e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), acompanha e reconhece empresas que promovem a igualdade nas relações de trabalho. Até o momento, a EBC é a única empresa de comunicação a aderir ao programa.
Segundo Norma Lambertucci, coordenadora do Comitê Nacional do Programa na EBC, a adesão foi em março e a empresa terá 24 meses para executar o plano de ação. Já foram eleitos os cinco comitês regionais [Rio, Brasília, São Paulo, Maranhão e Tabatinga] e levantadas as metas de trabalho. Em setembro haverá uma auditoria da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e se 70% das metas do plano de ação forem cumpridas no ano que vem, a empresa ganhará um selo de certificação.
A diretora de Jornalismo da EBC, Nereide Beirão, disse que a empresa atualmente já tem preocupação com a discussão do tema de discriminação e preconceito em todas as áreas, mas é importante que todos os profissionais entendam que isso é uma política da empresa. “Essa determinação já existe no Manual de Jornalismo. A gente sente tanto na Agência Brasil e na TV Brasil, como nas rádios. Mas o fato de a EBC ter aderido ao programa reforça isso para todos os funcionários. Na pauta, no dia a dia do trabalho, no respeito na relação de trabalho e na vivência. Acho que é fundamental”, analisou.
A coordenadora-geral de Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), Simone Schäffer, disse que na primeira edição havia 15 empresas participantes, todas públicas, e nesta versão do programa são 83, entre públicas e privadas. Ela destacou que algumas das integrantes desde o começo da iniciativa resolveram continuar, participando e se aprimorando. Entre os resultados positivos, ela deu como exemplo o aumento da participação das mulheres em cargos de direção, o crescimento de campanhas de enfrentamento da violência, a licença maternidade ampliada e adaptações necessárias para a convivência dos empregados.
A coordenadora do Comitê do Rio, Priscila do Espírito Santo, disse que a implementação do programa é um grande desafio para a empresa, e estão presentes nas discussões representantes de diversos setores. "A gente está aberto a participações ", contou.
A representante da Comissão dos Empregados da EBC no Rio de Janeiro, Carolina Barreto, lembrou que a adesão da empresa ao programa era uma reivindicação antiga dos empregados. "O programa já está mudando a gestão na empresa, que foi a ampliação da licença-parternidade de cinco para sete dias", destacou, completando que na própria comissão a presença de mulheres aumentou de uma para sete.