Os manifestantes Rafael Lusvarghi e Fábio Hideki Harano, libertados da prisão nesta quinta-feira, seguem respondendo ao processo, que inclui acusação de incitação ao crime.
Eles foram soltos por decisão do juiz Marcelo Matias Pereira, depois que um laudo do Instituto de Criminalística e do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar apontou que os objetos encontrados com os dois não eram explosivos, nem inflamáveis. A detenção ocorreu em 23 de junho, durante protesto contra a Copa do Mundo na capital paulista. A acusação de que estariam com explosivos (e que foi negada pelos manifestantes) teria motivado as prisões.
Com base no inquérito policial, o Ministério Público havia denunciado Rafael Lusvarghi, que é professor, por incitação ao crime, associação criminosa armada, resistência e posse de artefato explosivo. A pena mínima para esses crimes é 14 anos e seis meses de prisão.
Já Fábio Harano, servidor do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (a USP), foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, desobediência e posse de artefato explosivo. A pena máxima para esses crimes é de 13 anos de prisão.
Esse mesmo juiz que determinou a soltura dos dois, havia negado liberdade a esses manifestantes em decisão anterior. Ele argumentou que, se soltos, os dois poderiam promover e participar de novos protestos "provocando todo o tipo de destruição ".





