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Há 39 anos, morria no Rio o fundador da Umbanda

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Apresentação Márcia Dias
03/10/2014 - 07:30
Brasília

 Há 39 anos  morria no Rio de Janeiro, Zélio Fernandino de Moraes, o fundador da Umbanda; religião que tem cerca de 400 mil seguidores no Brasil.

 

 

 A história relata que Zélio Fernandino, aos dezessete anos, teve uma paralisia que os médicos não conseguiam curar. Certo dia, sentou em sua cama e anunciou que estaria curado no dia seguinte...

 

 

 No outro dia se levantou como se nada tivesse acontecido: os médicos não souberam explicar o ocorrido.

 

 

Um amigo da família sugeriu então uma visita à Federação Espírita em Niteroi, no Rio de Janeiro. Durante a visita o dirigente da Federação determinou que Zélio ocupasse um dos lugares à mesa.

 

 

Em determinado momento da reunião, Zélio Fernandino foi tomado por uma força superior à sua vontade, e em seguida vários dos médiuns presentes à mesa, foram incorporados por espíritos que se identificaram como indígenas, caboclos e escravos africanos.

 

 

O dirigente dos trabalhos convidou esses espíritos a se retirarem dizendo que eles eram atrasados.

 

 

 A entidade incorporada em Zélio Fernandino quis saber se aqueles espíritos eram considerados atrasados apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram ter tido na última encarnação, o que foi confirmado.

 

 

 A entidade então anunciou que no outro dia estaria na casa de Zélio para iniciar um culto em que aqueles espíritos poderiam passar suas mensagens e assim cumprir a missão que lhes fora confiada no plano espiritual.

 

 

A nova religião falaria aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. Por fim, se identificou: - “Se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."

 

 

 

 Lançava-se naquele momento a Umbanda, na qual os espíritos dos pretos velhos africanos, dos caboclos e dos índios poderiam trabalhar em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e condição social.

 

 

A prática da caridade, seria a tônica do culto, que teria como base o Evangelho de Cristo e como mestre supremo, JESUS.

 

 

 E ali foi criada a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade assim denominada "porque assim como Maria acolhe o filho nos braços, também seriam acolhidos, como filhos, todos os que necessitassem de ajuda ou conforto".

 

 

Tempos depois todos ficaram sabendo que a entidade que se identificou como Caboclo das Sete Encruzilhadas, tinha sido, em sua última encarnação o Padre Jesuita Gabriel Malagrida.

 

 

 O Jesuita desenvolveu importante trabalho no Nordeste do Brasil e foi condenado como herege pela inquisição em Portugal e levado à fogueira.

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