O que era para ser rotina é uma exceção no Pará. Apenas 7,5 % das mulheres entre 50 e 60 anos fazem o exame de mamografia no estado.
A recomendação do Ministério da Saúde é de que ao menos 70% das mulheres nesta faixa etária se submetam ao exame.
O Pará tem a menor frequência de mamografias realizadas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.
Para o mastologista e presidente da Sociedade, Ruffo de Freitas, a falta de estrutura na saúde pública e a grande extensão territorial do Pará são fatores que contribuem para este péssimo resultado.
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Ruffo de Freitas também pontua que existe uma má distribuição dos mamógrafos, com uma concentração de equipamentos maior nas capitais. Situação que acontece em todo o país.
Trinta e quatro aparelhos espalhados por 18 municípios atendem pelo SUS aos pacientes com câncer no Pará.
A secretária de Saúde do estado, Heloísa Guimarães, afirma que a quantidade de mamografias é crescente, mas ainda é pequena. Ela também relata as dificuldades enfrentadas para ampliar o acesso ao exame.
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A secretária de Saúde do Pará pontua ainda que para este ano está previsto uma unidade de mamografia móvel que vai atender as comunidades mais distantes, além de um programa estadual para ampliar o acesso da mulher à saúde, em parceria com as secretarias municipais.
Apesar das dificuldades para realizar o exame, o mastologista Ruffo de Freitas alerta para a importância da mamografia.
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E foi graças ao exame realizado em 2006 que Rosilene Rocha da Silva, de 51 anos, descobriu um nódulo no seio e pode iniciar o tratamento.
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A mulher que estiver com dificuldades para marcar o exame de mamografia no Pará pode entrar em contato com a Uremia - a Unidade de Referência Especializada Materno Infantil - pelo telefone 91 3226-1931.