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População atingida por Belo Monte pode acionar Câmara de Conciliação

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Ariane Póvoa
15/01/2015 - 10:10
Brasília

O Ministério Público Federal no Pará realizou na terça-feira, no município de Altamira, a primeira reunião da Câmara de Conciliação sobre o deslocamento compulsório das famílias atingidas pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte.


A reunião teve o objetivo de organizar a estrutura e definir pontos necessários para o funcionamento da Câmara, criada em audiência pública em novembro do ano passado.


De acordo com a procuradora da República Thais Santi, os impasses apontados pelos atingidos eram analisados unicamente pela Norte Energia, empresa responsável pela obra. Thais Santi explica que, além da Câmara de Conciliação, a população também vai poder contar com uma ouvidoria e com a atuação da Defensoria Pública da União.

 

SONORA

 

Também na reunião, o MPF comunicou que abriu procedimento investigativo sobre a situação de ribeirinhos, pescadores e indígenas que usam moradias sazonais na periferia de Altamira, mas não estão contemplados pelo reassentamento.


Esse foi um dos motivos do movimento que bloqueou a rodovia Transamazônica esta semana, impedindo a passagem de veículos para as obras da usina. Após 3 dias de protesto, o grupo suspendeu o bloqueio, com a esperança de terem as reivindicações atendidas após a instalação da Câmara de Conciliação.


Segundo a procuradora Thais Santi, o início dos trabalhos da Câmara dependem ainda da manifestação da empresa Norte Energia, que não compareceu à reunião.

 

SONORA

 

Até o fechamento desta edição, a reportagem não obteve retorno da Norte Energia sobre o caso.

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