O Ministério da Justiça e o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social firmaram nesta quarta-feira (11) um acordo de cooperação financeira de mais de R$ 30 milhões para ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que serão desenvolvidas pela Companhia de Operações Ambientais. A companhia recém-criada usará efetivo da Força Nacional de Segurança.
Segundo o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, o recurso vai servir para aparelhar a Força Nacional e garantir a permanência de pelo menos 200 militares, na Amazônia, que atuam na repressão a crimes ambientais
Sonora: "Nós temos agora, com essa verba de 30 milhões de reais, a possibilidade de comprar novos equipamentos, e ter melhores condições de atuar na Amazônia. A tarefa de combate ao desmatamento não é simples. Exige muita dedicação e exige também muito equipamento. E agora com essa verba nós poderemos melhorar, e muito, a atuação da Força Nacional de Segurança Pública".
Ao destacar a atuação da Força Nacional na Floresta Amazônica, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira lembrou a prisão de Ezequiel Antônio Castanha, apontado como maior desmatador da Amazônia e preso no mês passado. A ministra adverte que as prisões vão continuar
Sonora: "é importante equipar, nós teremos novas bases, dentro de uma estratégia que não pode ser pública, obviamente, mas, desmatadores, à semelhança do que foi a prisão do maior desmatador da Amazônia, recentemente, num trabalho de inteligência de mais de 2 anos, quem tiver cometendo crime ambiental, por favor, espere que vocês serão capturados, porque é inacreditável, isso é uma vergonha para o país, que as pessoas ainda cometam desmatamento, garimpo ilegal, o Pará tem mais de 3 mil garimpos ilegais, isso é uma vergonha pro país".
Preso por chefiar a maior organização criminosa de grilagem de terras e crimes ambientais na região de Novo Progresso, no sudoeste paraense, Ezequiel Antônio Castanha está preso desde o mês passado no Centro de Recuperação Regional de Itaituba.
Durante vistoria ocorrida esta semana, membros do Ministério Público Federal e Estadual identificaram na cela dele uma série de regalias como aparelho de ginástica, cafeteira, placa de internet e impressora.
Em nota a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado informou que todos os objetos proibidos foram retirados da cela. Só ficaram no local um notebook e uma impressora de outro detento que tem autorização da justiça para usar os equipamentos.
A equipe da Corregedoria-Geral do órgão investiga o caso e vai e responsabilizar quem facilitou a entrada dos itens indevidos na prisão. E o diretor da unidade, Márcio Ferreira da Silva, foi afastado do cargo.