A Polícia em São Paulo investiga se a morte dos oito torcedores do Corinthians, no último fim de semana, tem relação com o tráfico de drogas.
Essa é a principal linha de investigação, segundo afirmou, nesta segunda-feira, um dos responsáveis pelo caso, o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP -- Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo.
Ainda de acordo com o delegado Luiz Fernando Teixeira, por enquanto não há indícios de participação de policiais ou integrantes de outras torcidas organizadas de futebol no crime.
A chacina ocorreu na noite de sábado na sede da torcida Pavilhão Nove, próxima da Marginal Tietê, na zona oeste da cidade. A investigação preliminar aponta que o crime teria sido cometido por dois ou três homens, ainda não identificados.
Todas as vítimas foram baleadas. Sete delas foram encontradas mortas no local. A oitava chegou a ser levada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
Entre as vítimas, está Fábio Neves Domingos, 34 anos. Ele foi um dos doze torcedores presos em Oruro, na Bolívia, após a morte do torcedor boliviano Kevin Spada, de 14 anos, em 2013.
Na época, a polícia boliviana afirmou que o garoto morreu após ter sido atingido por um sinalizador lançado pela torcida corintiana durante a partida contra o time San José, da Bolívia, na Copa Libertadores da América daquele ano.
A reportagem tentou entrar em contato com familiares das vítimas, mas até o fechamento dessa edição não obteve resposta.