A extinção da forma jurídica torcidas organizadas volta a ser discutida por juristas e entidades ligadas ao futebol. A medida foi uma das alternativas colocadas em pauta, nesta sexta-feira (26), durante o I Encontro Nacional pela Paz no Futebol, realizado na sede do Tribunal de Justiça, no centro do Rio.
O juiz titular do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, Marcelo Rubioli, afirmou que o banimento definitivo das torcidas organizadas está em estudo, mas ainda existem dúvidas sobre a sua eficiência.
Sonora: "Está sendo pensado. Na verdade, a gente não tem ainda uma conclusão se ele é eficaz ou não. A extinção da pessoa jurídica por si só não vai acabar com o ímpeto do torcedor de ser violento. Ele vai ser violento individualmente. O que se pensa hoje é se é eficaz o banimento da torcida ou se mantém o afastamento com a identificação".
A preocupação com a violência praticada por torcidas organizadas foi reforçada por um estudo do Instituto Stochos, divulgado em fevereiro deste ano.
De acordo com a pesquisa, 43% dos torcedores brasileiros deixam de ir a jogos pelo medo da violência. Cerca de 84% destes entrevistados, atribuíram essa violência às torcidas organizadas. Além disso, mais de 58% desse grupo respondeu que voltaria a frequentar os estádios, caso as torcidas organizadas sejam banidas dos espaços esportivos.