As Casas da Vila Ferroviária, em Porto Velho, estão com a estrutura comprometida. No conjunto habitacional moram pioneiros da capital rondoniense e operários da centenária Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
A denúncia é dos moradores. Eles alegam que a obra de alargamento de uma avenida afetou moradias tombadas pelo Patrimônio Histórico.
Segundo a moradora Eliana de Menezes, a reforma da via terminou em 2009, mas os reflexos duram até hoje.
Sonora: "Inclusive tem uma casa que já foi desocupada pela moradora, com o risco de desmoronamento. Nas outras casas as pessoas fazem obras pra tentar tapar, mas todas as casas estão rachadas, inclusive a minha casa tem uma rachadura enorme. A casa da minha mãe também. Os telhados de todas as casas estão quebrados. As pessoas que estão fazendo obras agora dá um mês e a cerâmica começa a rachar, justamente porque o terreno está fragilizado."
Eliana também reclama que o alargamento da avenida fez provocou o aumento do fluxo de caminhões na região. O trânsito intenso estaria afetando ainda mais a estrutura das casas.
Em entrevista por telefone o presidente da Fundação Cultural de Porto Velho, Jorge dos Santos, afirmou que o órgão está tomando medidas para proteger e conservar o complexo da Estrada de Ferro.
Ele também afirmou que agentes das secretarias de obras e de transportes colocaram obstáculos na região para impedir a passagem dos caminhões.
No fim do mês de julho, entidades da sociedade civil e representantes do governo se reuniram para tratar do assunto e falaram também da crescente criminalidade na vila. Os representantes da segurança pública se comprometeram a reforçar o policiamento na região.





