Agroextrativistas e agricultores de Almeirim, no Oeste do Pará, denunciam a empresa Jari Florestal de extrair madeira em área de uso tradicional da comunidade Repartimento dos Pilões.
De acordo com a vice-presidente da Associação de Agricultores e Extrativistas da comunidade, Dilva Araújo, a ação da empresa tem afetado diretamente os moradores.
Sonora: “As comunidades tradicionais estão sendo impactadas tanto pelo eucalipto, que já é prática da empresa e a gente não é contra o plantio. Mas a nossa comunidade já é cercada por eucalipto. E agora estão manejando também dentro da área. Quando falamos da nossa área, nosso território. São nossos igarapés. Tudo que é necessário para a comunidade viver. E isso está causando grandes impactos. Nossos igarapés estão secando. A caça já está desaparecendo. Nós estamos sofrendo hoje”.
Segundo Dilva Araújo, as atividades desenvolvidas pela Jari Florestal prejudicam, ao todo, 153 comunidades que vivem da extração de produtos florestais, como a castanha-do-pará, a andiroba e a copaíba.
Na semana passada, cerca de 40 pessoas fizeram um protesto na entrada do distrito de Monte Dourado, em Almeirim, para chamar a atenção sobre o problema.
Procurada pela reportagem, a empresa Jari Florestal não quis se pronunciar.
Por nota, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará informou que para realizar uma fiscalização no local precisa receber um documento da comunidade. Além do relato das supostas irregularidades, os moradores devem informar, se possível, as coordenadas geográficas da área em questão. O órgão destaca que não recebeu até o momento nenhuma denúncia formal do caso.
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