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Dirceu e mais 14 réus da Lava Jato têm dez dias para defesa

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Danyele Soares
16/09/2015 - 17:41
Brasília (DF)

Com a denúncia contra o ex-ministro José Dirceu aceita pela Justiça Federal, os advogados dele e de mais 14 pessoas têm um prazo de dez dias para apresentar uma resposta ao juiz federal Sérgio Moro. Esse é uma fase típica quando um processo tramita na Justiça.

 

Nessa terça-feira (15), Moro, que é responsável pelos processos da Operação Lava Jato, aceitou denúncia contra 15 que agora se tornaram réus da 17ª fase da Lava Jato. Dirceu está no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

 

A acusação se baseou no que disse o empresário Milton Pascowitch em delação premiada. De acordo com o Ministério Público Federal, essa denúncia envolve pagamento de propina no âmbito da Diretoria de Serviços da Petrobras entre 2005 e 2014. As investigações concluíram que mais de R$ 60 milhões de propina teriam sido repassados como porcentagem do valor de todos os contratos celebrados pela Engevix Engenharia com a Diretoria de Serviços.

 

O processo mostra que a organização criminosa começou ainda em 2003, quando Renato Duque teria buscado apoio de Dirceu para ser indicado ao cargo de diretor de Serviços. Quando a nomeação saiu, Duque teria ajudado o funcionamento de um cartel de empreiteiras. Parte desse dinheiro seria destinado a Dirceu, ao empresário Fernando Moura e a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Todos esses também são réus na mesma ação.

 

* O advogado Roberto Podval, que representa Dirceu, informou que vai se pronunciar sobre as acusações do delator apenas no processo. A defesa do ex-tesoureiro do PT reafirmou que Vaccari somente arrecadou doações lícitas, por meio de depósitos bancários e com emissão de recibos.

 

O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, em depoimento no dia 2 de setembro, taxou de mentirosa a alegação de que empreiteiras combinavam resultados de licitações na Petrobras e que houve repasse de propina a ex-diretores da estatal.

 

Já o empresário Fernando Moura, foi convocado a depor à CPI da Petrobras no último dia 3, mas ficou em silêncio.

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