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Renato Duque nega ter recebido propina e diz que Mendonça mentiu

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Danyele Soares
02/09/2015 - 17:11
Brasília (DF)

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras colocou frente a frente o empresário da Toyo Setal, Augusto Ribeiro Mendonça, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

 

Na acareação, Renato Duque disse que o empresário Augusto Mendonça mentiu ao dizer, em delação premiada, que pagou propina a Duque e ao ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.

 

Mas Mendonça reafirmou o que disse ao Ministério Público sobre o pagamento de propina e que havia um grupo de empreiteiras que combinava resultados de licitações na estatal. E disse ainda que parte desse dinheiro teria sido pago em forma de doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores. Sobre as acusações de Duque, o empresário rebateu.

 

João Vaccari Neto ficou em silêncio durante a acareação.

 

Também foram chamados à CPI da Petrobras o publicitário Ricardo Hoffman e o empresário Fernando de Moura. Hoffmman é suspeito de intermediar contratos fraudulentos de publicidade com o Ministério da Saúde, com a ajuda do ex-deputado federal André Vargas. Ele está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Logo no início do depoimento, o publicitário afirmou que iria usar o direito de ficar calado.

 

O empresário Fernando de Moura é apontado pelos investigadores como representante do ex-ministro José Dirceu na Petrobras. O empresário está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

 

Procuramos o Partido dos Trabalhadores, mas até o fechamento desta reportagem o PT informou que não iria se pronunciar.

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