A Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras colocou frente a frente o empresário da Toyo Setal, Augusto Ribeiro Mendonça, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Na acareação, Renato Duque disse que o empresário Augusto Mendonça mentiu ao dizer, em delação premiada, que pagou propina a Duque e ao ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
Mas Mendonça reafirmou o que disse ao Ministério Público sobre o pagamento de propina e que havia um grupo de empreiteiras que combinava resultados de licitações na estatal. E disse ainda que parte desse dinheiro teria sido pago em forma de doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores. Sobre as acusações de Duque, o empresário rebateu.
João Vaccari Neto ficou em silêncio durante a acareação.
Também foram chamados à CPI da Petrobras o publicitário Ricardo Hoffman e o empresário Fernando de Moura. Hoffmman é suspeito de intermediar contratos fraudulentos de publicidade com o Ministério da Saúde, com a ajuda do ex-deputado federal André Vargas. Ele está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Logo no início do depoimento, o publicitário afirmou que iria usar o direito de ficar calado.
O empresário Fernando de Moura é apontado pelos investigadores como representante do ex-ministro José Dirceu na Petrobras. O empresário está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Procuramos o Partido dos Trabalhadores, mas até o fechamento desta reportagem o PT informou que não iria se pronunciar.