A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (27), o advogado Edson Ribeiro, que representava o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro, por volta das 8 horas. O advogado estava em Miami, nos Estados Unidos, e seu nome havia sido incluído na lista da Interpol, a Polícia Internacional.
Ele chegou à sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, zona portuária, por volta das 10 horas, no banco traseiro de um veículo da Polícia Federal, sendo escoltado por outro carro. De acordo com o relatório da Procuradoria-Geral da República, Edson Ribeiro participou das negociações para impedir que Cerveró citasse os nomes do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves na delação premiada da Lava Jato.
Em uma das gravações feitas pelo filho do ex-diretor da Petrobras, Bernardo Cerveró, o senador prometeu pagar R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró, além de R$ 4 milhões em honorários advocatícios a Edson Ribeiro.
O advogado é investigado na operação que também prendeu, na terça-feira (24), Delcídio do Amaral e o banqueiro, dono do banco BTG Pactual. Nestor Cerveró foi transferido, na madrugada desta quinta-feira, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste, onde ocupa uma cela individual por ter curso superior, conforme previso na Lei de Execuções Penais.
A Secretaria de Administração Penitenciária informou que a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, tem 138 presos e capacidade para 154. Ainda segundo a secretaria, o banqueiro receberá a mesma alimentação dos demais presos que inclui arroz, feijão, macarrão e farinha.