O governo do Amazonas criou o Comitê de Apoio ao Monitoramento, Prevenção e Controle dos casos de Microcefalia – uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.
O comitê criado pela Secretaria de Saúde do Amazonas vai ajudar no monitoramento da microcefalia. Entre as funções estão a de assessorar tecnicamente a gestão e os serviços de saúde; monitorar a evolução de possível epidemia da doença e propor investigações e pesquisas que possibilitem aumentar o grau de conhecimento da doença, também visando sua prevenção e controle.
Além disso, a secretaria estadual passou orientações às maternidades para o atendimento ao pré-natal e na atenção básica. As notas técnicas estabelecem o protocolo de monitoramento da doença e todo o fluxo de investigação diagnóstica, com a ficha que deve ser adotada para notificação de ocorrência de suspeita de microcefalia.
A preocupação se justifica pelo fato de que os novos casos da doença estão sendo associados a transmissão do Zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, que está presente em todas as regiões brasileiras, e é o mesmo mosquito que funciona como vetor da dengue e da febre Chicunkunya.
O Ministério da Saúde declarou em todo o país situação de emergência em saúde pública, após identificar um aumento expressivo de casos de bebês com microcefalia em relação ao ano passado.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério, o número de casos suspeitos de microcefalia já ultrapassa 700 em 160 municípios de nove estados. Ainda não foi identificado nenhum caso de microcefalia em estados da Amazônia relacionado ao Zika, apesar de sete estados da região terem confirmado casos da doença.
Segundo o governo do Amazonas, nos últimos anos foi registrado no estado uma média de cinco casos anuais de microcefalia. Em relação ao Zika, o estado registrou apenas um caso da doença e não está configurada ainda a circulação do vírus.