O Departamento Nacional de Produção Mineral informou que as barragens da mineradora Samarco foram fiscalizadas e que as represas eram referência em gestão de segurança.
O acidente aconteceu na tarde dessa quinta-feira no distrito de Bento Rodrigues, a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais. A região foi inundada com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. Autoridades investigam as possíveis causas do acidente.
O especialista em recursos minerais do Departamento, Joanes da Cruz, destaca que a lei exige que as mineradoras tenham um Plano de Ação Emergencial, em caso de acidentes, e que a empresa tem esse plano.
Ele diz também que essas barragens eram consideradas de baixo risco, devido à segurança. Mas lembrou que o dano potencial em caso de acidentes é alto, devido ao volume das represas. Cruz explica como funcionam essas barragens de mineração e garante que não há riscos à saúde.
Mas Pablo Dias, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, afirma que os moradores já começam a sentir alguns sintomas de uma possível intoxicação.
Em nota à imprensa, a Samarco, informou que trabalha com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e outras instituições para colocar em prática o Plano de Ação Emergencial. Segundo a empresa, o rejeito de minério de ferro não apresenta elementos químicos que causem danos à saúde.
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, sobrevoou a região atingida e destacou que a prioridade agora é fazer um levantamento exato das vítimas, realizar buscas e prestar assistência aos desabrigados.
* Matéria atualizada às 16h no dia 06-11-15