Somente após o dia 20 de janeiro é que poderá haver confirmação de que a lama dos rejeitos de minérios que vazou da barragem da Samarco, em Mariana (MG), no Rio Doce, atingiu a costa sul da Bahia, ameaçando inclusive o Arquipélago de Abrolhos.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente colheu amostra da água do mar na região que apresenta manchas. O material será examinado por um laboratório credenciado.
Nesta sexta-feira, a Secretaria de Meio Ambiente fez dois voos de vistoria na região, mas não verificou visualmente que a mancha tenha se aproximado.
Além do exame clínico e das vistorias aéreas, há estudos sobre o comportamento da maré e das correntes marítimas na região. A possibilidade da água ser contaminada pela lama é considerada remota.
A hipótese mais provável é que a mancha seja formada por matéria orgânica do próprio mar, como algas marinhas que afloram na água após chuvas e a agitação decorrente. As informações são do secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler.
O Arquipélogo de Abrolhos é formado por cinco ilhas e está a 75 quilômetros da costa de Caravelas, no Sul da Bahia. A região está a 150 km em linha reta da foz do Rio Doce no litoral do Espírito Santo, por onde vazou a lama produzida com a queda da barragem da mineradora Samarco.
De grande potencial turístico, Abrolhos também é considerado um santuário ecológico e é uma das principais áreas de reprodução de espécies marinhas no Atlântico Sul.