O governo anunciou a criação de uma fundação para arcar com os prejuízos ambientais e indenizar as famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Mariana.
A fundação será financiada pela Samarco, empresa responsável pela barragem. À frente da entidade, está previsto um conselho consultivo, composto pela sociedade civil, especialistas em meio ambiente, além de um comitê intergovernamental.
A Advocacia-Geral da União tenta chegar a um acordo com a empresa sobre os valores da indenização e as medidas para recuperar o Rio Doce. O ministro Luis Inácio Adams diz que está confiante que o acordo final seja fechado até o início de fevereiro, antes do Carnaval.
A decisão de criar a fundação foi tomada em reunião entre a AGU, representantes das mineradoras Samarco, Vale e BHP. Ao todo, 38 programas vão ser colocados em prática. Serão 19 para áreas socioeconômicas e 19 para recuperar os danos ambientais da região. É o informa a presidente do Ibama, Marilene Ramos.
Ainda não foi definido o valor total da indenização que a Samarco deverá pagar. A estimativa do governo é que o valor gire em torno de R$ 20 bilhões.
Essas negociações são para tentar evitar que as ações na Justiça contra a Samarco se arrastem por anos.