A mineradora Rolando Comércio de Areia terá de apresentar um estudo sobre o reparo feito no talude (pequena barragem) da lagoa de mineração de areia, em Jacareí, no interior paulista. Segundo a assessoria de imprensa, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) já solicitou à mineradora esse estudo de estabilidade, que terá de passar pela análise do Departamento Nacional de Produção Mineral antes de ser aprovado.
A empresa fazia a extração de areia em uma cava próxima ao rio Paraíba do Sul, localizada no bairro Meia Lua. A empresa depositava, irregularmente, os resíduos da extração no lago de uma outra mineradora, a Meia Lua 1, que está com as atividades paralisadas e em processo de renovação de licença.
O lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa, o que causou o rompimento do talude. Com isso, houve um vazamento de resíduos no rio Paraíba do Sul que afetou o abastecimento de água das cidades de São José dos Campos e Pindamonhangaba, que ficam próximas de Jacareí. O vazamento foi contido no começo da tarde do dia seguinte (sábado, 6).
A água coletada em São José dos Campos e em Pindamonhangaba chegou a atingir altos níveis de turbidez, mas, de acordo com a Cetesb, já voltou ao nível considerado normal para abastecimento público, que é de 150 em miligrama por litro.
Segundo a Cetesb, a mineradora Rolando Comércio de Areia poderá ser multada por danos à população das duas cidades e ao meio ambiente. A reportagem tentou falar com os responsáveis pela empresa, mas não conseguiu encontrá-los até o fechamento desta edição.