Está sendo fechado nesta sexta (26) em Brasília o acordo para recuperação da bacia do Rio Doce, que foi prejudicada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana, em novembro do ano passado. Segundo a Procuradoria-Geral do Espírito Santo, a empresa concordou em arcar com o valor de R$4,4 bilhões pelos próximos três anos.
Caso a Samarco não honre os compromissos, suas acionistas Vale e BHP terão de arcar com os pagamentos. As duas empresas também assinarão o acordo. A assinatura deverá ocorrer na próxima segunda-feira (29). O procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Rabello, comemorou a conciliação entre o poder público e a mineradora.
O valor de R$4,4 bilhões é parcial. As medidas para recuperação da Bacia do Rio Doce deverão levar dez anos. Após os três anos iniciais, os trabalhos prosseguirão e novos cálculos serão realizados, demandando mais investimentos da Samarco. A ação movida pelo governo federal e pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo pedia, inicialmente, R$ 20 bilhões.
Os recursos vão financiar cerca de 40 projetos voltados para a recuperação ambiental e socioeconômica dos municípios atingidos. Para gerir os trabalhos, será estruturada uma fundação com sede em Belo Horizonte e dirigida por gestores renomados indicados pela Samarco e suas acionistas Vale e BHP. Os indicados, porém, não podem ter relação de trabalho com as empresas e irão produzir um plano de ação de forma independente, segundo informou Rabello.
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