Após a divulgação de escuta telefônica entre o ministro-chefe do gabinete pessoal da presidência da República, Jaques Wagner, e o presidente do PT, Rui Falcão, o ministro, por meio de nota afirmou que a gravação foi baseada em um grampo ilegal.
O trecho do diálogo foi gravado em 10 de março, dia do pedido de prisão do ex-presidente Lula. Na conversa, eles falam sobre a nomeação de Lula para compor o governo.
Segundo Jaques Wagner, a interceptação é ilegal porque ele e o presidente do PT não são alvos de investigação.
O ministro diz ainda que a divulgação do diálogo caracteriza mais um claro desrespeito à Constituição, às liberdades individuais e ao Estado democrático direito. E acrescenta que considera muito estranha a divulgação de gravação de conversas privadas. Ele também diz que jamais defendeu ambiente de conflito e confronto social.
Por fim a nota encerra, dizendo que o ministro vai solicitar investigação sobre a existência de grampos em telefones da Presidência da República, bem como sobre a autorização de divulgação de diálogos privados feitas de forma ilegal.
A conversa entre Rui Falcão e o ministro foi gravada por meio de grampo autorizado pela Justiça durante as investigações da operação Lava Jato.
Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com a defesa de Rui Falcão e nem com o Partido dos Trabalhadores.