A força-tarefa da Operação Lava Jato ofereceu nessa quinta-feira (28) duas novas denúncias, que envolvem 17 pessoas já investigadas no processo de corrupção envolvendo a Petrobras. Algumas já condenadas.
Parte dos denunciados foi alvo da 23ª fase da Lava Jato, que apurou pagamentos feitos ao marqueteiro de campanhas do PT, João Santana, e à mulher e sócia dele, Mônica Moura. Outra parte estava envolvida na 26ª fase da operação, que investigou o pagamento de vantagens indevidas feito pela construtora Odebrecht a funcionários públicos.
De acordo com o promotor Deltan Dellagnol, da força-tarefa da Lava Jato, o esquema era operado pelo então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e ocorreu até mesmo durante as investigações.
Marcelo Odebrecht foi condenado no mês passado a 19 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa.
Para a promotora Laura Tessler, a corrupção na Odebrecht era praticada de maneira profissional.
A Odebrecht informou que não vai comentar as declarações dos promotores da Lava Jato.
Além de Marcelo Odebrecht, do marqueteiro João Santana e da mulher dele, Mônica Moura, também estão entre os 17 denunciados hoje o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco; o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque; e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
