Metroviários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) entraram em greve nesta segunda-feira (16). A organização dos serviços varia de acordo com o estado.
Na Região Metropolitana do Recife, onde o metrô é operado pela companhia, o serviço só funciona em horários de maior movimentação.
O movimento optou por garantir o funcionamento do metrô entre 5h e 9h e 16h e 20h, considerados horários de pico, de acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Metroviárias e Conexos do Estado de Pernambuco (Sindimetro), Levi Arruda.
Sonora: “Nós estamos atendendo ao que prevê a lei de greve sobre os serviços essenciais. Estamos oferecendo até mais de 30%. No geral, todos os trabalhadores estão trabalhando em horário reduzido, ofertando serviços que signifique no mínimo 30% para atendimento do sistema."
A CBTU opera metrô, trens ou veículos leves sobre trilhos nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal. Recife é a maior base no país, com cerca de 2 mil funcionários.
A principal reivindicação da categoria é salarial. A companhia ofereceu 5,5% de aumento, mas os trabalhadores pedem a reposição inflacionária de cerca de 10%. Levi Arruda afirma que a greve também luta contra outras questões.
Sonora: “Primeiro é alertar a sociedade em relação à situação grave e drástica por que passa o metrô do Recife, com um corte de 38% no orçamento. E segundo denunciar o sucateamento, falta de segurança, uma série de deficiências que comprometem o serviço”
Sindicalistas de Pernambuco se reuniram nesta manhã, em Brasília, com o presidente da CBTU, Marco Fireman, para nova rodada de negociações. O movimento grevista também tenta uma agenda com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, ainda para esta segunda-feira.
Possíveis novidades serão levadas a nova assembleia da categoria no Recife, às 18h, para definir se a greve tem continuidade.