A Comissão de Impeachment negou nessa segunda-feira (20) novo pedido para incluir as gravações de Sérgio Machado no processo. A defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff disse que vai recorrer ao presidente do Supremo contra essa decisão. O ministro do STF, Ricardo Lewandowiski, já havia negado um recurso neste sentido alegando que os áudios estavam sob sigilo da Justiça.
Como a delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, foi divulgada, a defesa entende que agora pode juntar as conversas gravadas ao processo, como explicou o advogado José Eduardo Cardozo.
O relator da comissão, senador Antônio Anastasia, do PSDB, ressaltou que as gravações não falam sobre os objetos da denúncia.
A defesa alega que os áudios provariam um desvio de poder para aprovar a abertura do impeachment, que seria, segundo Cardozo, um pacto para acabar com a Lava Jato.
A Comissão no Impeachment ouviu nesta segunda-feira (20) quatro testemunhas de defesa da presidenta afastada. Os depoentes defenderam a legalidade dos decretos suplementares assinados por Dilma Rousseff e apontados pela acusação como crime de responsabilidade.
Diretor da secretaria do Orçamento Federal, Felipe Neto disse que os decretos não alteraram a meta fiscal e foram aprovados de acordo com as normas vigentes.
A testemunha ressaltou ainda que o Tribunal de Contas da União alterou o entendimento sobre a assinatura dos decretos somente em outubro de 2015.
Nesta terça-feira, a comissão do impeachment vai ouvir mais quatro testemunhas de defesa, entre elas a ex-ministra do planejamento do governo Dilma, Miriam Belchior.