A defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, pediu que a comissão do impeachment analise as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e que seja anexada ao processo a delação premiada e os áudios gravados pelo ex-senador pelo PMDB.
No documento entregue nessa quarta-feira (1), a defesa também pede a suspeição do relator da comissão, o senador Antônio Anastasia, do PSDB. A defesa argumenta que, como um dos autores da denúncia, o jurista Miguel Reale Júnior, é filiado ao partido, o relator do impeachment não poderia ser um senador tucano.
O ex-advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, é quem ainda está fazendo a defesa de Dilma. Ele explicou que vai continuar tentando mostrar a inexistência de crime de responsabilidade, mas quer também usar as gravações de Sérgio Machado.
Em uma das gravações, o senador Romero Jucá fala em aprovar o impeachment para estancar a sangria, em referência à Lava Jato. Cardozo também criticou a data marcada pelo senador Anastasia para a votação final do processo.
O documento da defesa pede ainda, entre outras providências, a anulação do processo aprovado na Câmara, argumentando desvio de poder do presidente afastado, Eduardo Cunha, e a absolvição da presidente afastada Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira, a comissão especial vai se reunir para discutir o cronograma de atividades da última fase do impeachment.