A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro por trás da venda ilegal de ingressos da Olimpíada Rio 2016, por parte de membros do Comitê Olímpico Irlandês, descoberta no último dia 17.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (23), pelo delegado Ronaldo de Oliveira, diretor do Departamento de Polícia Especializada.
A polícia investiga um esquema envolvendo integrantes do Comitê Olímpico Irlandês e diretores das empresas THG, de hospitalidade esportiva, e Pro10 Team, autorizada a revender ingressos da Rio 2016.
Segundo a Polícia, o esquema poderia render cerca de R$ 10 milhões ao grupo, pois alguns ingressos, como os da abertura da Olimpíada, chegaram a ser comercializados por US$ 8 mil.
O presidente do Comitê Irlandês, Patrick Hickey, foi preso na semana passada e encaminhado para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio.
Outro preso é o diretor da britânica THG Kevin Mallon. Ele e uma funcionária da empresa foram presos em flagrante com mil ingressos dos Jogos.
Três estrangeiros que estão no Brasil são investigados por cambismo - venda de ingressos por preços acima do permitido - e tiveram seus passaportes apreendidos no último domingo (21).
Um deles depôs e foi inocentado, por isso seu passaporte foi devolvido. Os outros dois devem ser ouvidos nesta quinta-feira (25).
Quatro diretores da THG e três executivos da Pro10 Team, que estão fora do país, tiveram mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro. Como eles estão no exterior serão ouvidos via carta rogatória.




