No dia 7 de setembro de 1961, após grave crise institucional, João Goulart tomava posse como Presidente da República.
Tudo começou com a renúncia de Jânio Quadros, no dia 25 de agosto daquele ano, e o então vice-presidente, João Goulart, estava em visita à China.
O Brasil vivia momentos de instabilidade política. Os militares, não queriam um governo de esquerda.
Leonel Brizola, cunhado de Goulart, na época era governador do Rio Grande do Sul e iniciou a campanha da legalidade pregando a posse de Jango, como João Goulart era chamado.
Brizola falava ao povo pela Rádio Guaíba. A campanha alcançava ouvintes em outros estados e mobilizava a população.
Como os militares não cediam, e Brizola também não, a situação ficou grave. Brizola mobilizou a população para que resistisse. Milhares de pessoas foram às ruas para garantir a posse de Jango.
E Brizola conquistou aliados, entre eles Mauro Borges Teixeira, que era o governador de Goiás. Apoio considerado importante, tendo em vista a proximidade de Goiânia com Brasília.
Ele transformou o Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, em um quartel-general dos legalistas, e usou a Rádio Brasil Central como difusora do movimento.
Paralelamente aos enfrentamentos, era negociada no Congresso Nacional uma solução política. Em 2 de setembro foi aprovada uma emenda constitucional alterando o regime de governo para o parlamentarismo.
Com os poderes limitados, os militares aceitaram que João Goulart assumisse a presidência da República.
Em janeiro de 1963, Jango convocou um plebiscito para decidir sobre a manutenção ou não do sistema parlamentarista. Cerca de 80% dos eleitores votaram pelo restabelecimento do sistema presidencialista.
A partir de então, Jango passou a governar o país com mais poderes constitucionais. Porém, nesse breve período, os conflitos políticos e as tensões sociais se tornaram graves, e as Forças Armadas, com o golpe militar de março de 1964, interromperam o mandato de Jango.
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