* Matéria complementada às 16h02. 
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (5) a Operação Greenfield para investigar crimes de gestão temerária e fraudulenta que teriam sido praticados em quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcef, Petros, Previ e Postalis.
Foram expedidos cerca de 150 mandados judiciais, sendo sete de prisão temporária, 110 de busca e apreensão e 33 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento.
Entre os que foram ouvidos, estão o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-presidente da Construtora OAS, Léo Pinheiro. A Justiça ainda determinou o bloqueio de bens, como imóveis, carros e até um avião.
A Operação acontece nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal.
A ação teve como base dez casos, revelados a partir da análise das causas dos déficits bilionários dos fundos de pensão. Desses, oito estão relacionados a investimentos realizados de forma temerária ou fraudulenta. O prejuízo pode chegar a R$ 8 bilhões. Se condenados, os suspeitos vão responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
Em nota, a Funcef afirmou que tem rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos. O Postalis também informou que está à disposição das autoridades e tem todo interesse que os fatos investigados sejam esclarecidos.
A Previ também se colocou à disposição da Justiça e informou que possui um modelo de governança maduro e transparente. Além disso, reforçou o compromisso com o aprimoramento do Sistema de Previdência Complementar Fechado. E a Petros disse que as investigações se referem a investimentos decididos até 2011 e reforçou o comprometimento da gestão com a transparência, as boas práticas de governança e a responsabilidade na administração dos recursos.
