Os petroleiros decretaram estado de greve a nesta quinta-feira. A categoria rejeitou a contraproposta apresentada pela Petrobras para a renovação do Acordo Coletivo.
Que propõe redução em 50% do valor das horas extras em regimes especiais de trabalho, substituição do auxílio almoço por vale refeição e redução de jornada com diminuição do salário, além de reajuste zero no salário base.
O movimento ganhou impulso após a divulgação do novo Plano de Negócios e Gestão da empresa, que prevê segundo o sindicato, um processo de desmonte gradual do sistema Petrobras no país.
O novo plano também anunciou a retirada integral da estatal das áreas de produção de biocombustíveis, fertilizantes, distribuição de gás de cozinha e participações na área petroquímica.
A decisão da empresa se sustenta na necessidade de melhorar a capacidade de investimento da estatal e evitar mais dívidas. Em nota, a categoria diz que sempre discordou de que a Petrobras venda partes de seu patrimônio para pagar dívidas.
O coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros Emanuel Cancela destaca a ações dos trabalhadores para uma possível greve em todo o país.
O Sindicato dos petroleiros propõe reajuste da tabela salarial conforme o maior índice de inflação acumulado entre setembro de 2015 e agosto deste ano, acrescido da Produtividade e Ganho Real de 10%.
Segundo o sindicato, o cálculo da produtividade e ganho real tem como base o valor agregado à Petrobras no período, incorporação da gratificação e produtividade.
Uma nova rodada de negociação do Acordo Coletivo com a Federação Única dos Petroleiros está prevista para os próximos dias. A Petrobras, no entanto não confirma reuniões com outras entidades sindicais.