Não é difícil se deparar com a cena: uma criança pedindo para os pais mais um brinquedo. “Aquele, igual da televisão”, insiste. O Dia das Crianças traz, com ele, todo o consumismo exagerado e muitas vezes potencializado pela publicidade infantil.
Pais e mães tentam driblar a concorrência, que sim, chega a ser desleal. Dentre os limites impostos para tentar frear o consumismo infantil, há quem regule o tempo da criança na frente da televisão.
Esse é o caso da artesã Fabrícia Barcelos. Moradora de São João Del Rei, em Minas Gerais, Fabrícia se esforça para proporcionar ao filho de três anos uma infância livre dos estímulos excessivos de consumo.
A assessora de investimentos Natália Darling procura orientar a filha de quatro anos sobre o consumo consciente e afirma que os pais precisam “dar o exemplo”.
Para a jornalista Tatiana Maia, o importante é lidar de forma “natural” com a situação, mas tentando desconstruir a lógica que enxerga a criança como uma consumidora em potencial.
O psicólogo Marcelo Tourinho, diretor da Federação Nacional dos Psicólogos, destaca a necessidade de uma regulamentação forte sobre o assunto por causa da influência que a propaganda tem no comportamento da criança.
Várias projetos de Lei que restringem a publicidade dirigida ao público infantil tramitam no Congresso Nacional. A advogada Isabel Henriques, do Instituto Alana, ONG que promove os direitos das crianças, afirma que os parlamentares contrários às essas medidas justificam a rejeição com base em uma “suposta censura”. Para Isabel, esse argumento é ultrapassado.
A advogada ressalta ainda que os interesses mercadológico também influenciam e acabam “emperrando” os Projetos de Lei dentro do Congresso. Isabel Henriques defende o completo fim do direcionamento de publicidade voltada ao público menor de 12 anos.
Na semana passada, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados rejeitou proposta que proíbe a veiculação em televisão aberta e por assinatura de publicidade destinada a crianças entre as 7 horas e as 22 horas. O texto será apreciado, agora, pela Comissão de Seguridade Social e Família.
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