O Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, começou este mês a realizar transplantes de rim.
É o terceiro centro no Pará a fazer esse tipo de procedimento. Antes, além da capital Belém, só a cidade de Redenção, no sul do estado, fazia os transplantes. O que obrigava os pacientes da região a se deslocarem para a capital, percorrendo mais de 1.000 quilômetros para fazer o procedimento. Uma viagem de três dias de barco.
A primeira cirurgia foi realizada dia 3 de novembro, a partir de um doador vivo. Raimundo Soares, de 50 anos, recebeu o rim do irmão. Ele, que há seis anos fazia hemodiálise, deve receber alta até a próxima segunda-feira (14).
Para o responsável técnico de transplantes do hospital, o nefrologista Emanuel Esposito, a medida trouxe esperança para os cerca de 300 pacientes da região que fazem hemodiálise em Santarém.
Sonora: “Todos perguntam muito, querem saber. O ambulatório já está lotado e já tem um monte de gente querendo fazer consulta. Agora, com o transplante, além da melhoria da qualidade de vida deles, ele possibilita a liberdade dele. Além de uma vida de qualidade, ele tem uma vida média maior do que quem faz hemodiálise. A expectativa de vida também aumenta.”
De acordo com o médico, na fase inicial, um transplante será realizado por mês. Após um ano, a expectativa é que esse número aumente para dois. Inicialmente, o transplante ocorrerá intervivos e, depois, com doadores falecidos.
No Pará, 510 pessoas estão na lista de espera por um transplante de rim.
