A crise está afetando as atividades de pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo o sub-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Uerj, Egberto Moura, a verba de R$ 32 milhões, aprovada para a área em 2016, não foi repassada via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Segundo Egberto, laboratórios e grupos de pesquisa já começaram a suspender alguns trabalhos.
Sonora: “Todas as pesquisas do estado do Rio estão sendo comprometidas porque a Faperj não está podendo cumprir com seus objetivos. Estão começando a parar, e tem grau variado. Tem laboratório que tem algum recurso de algumas agências. Tem agências federais, estaduais. Mas a coisa está começando a ficar muito difícil. Hoje, o grande financiador da pesquisa no estado do Rio de Janeiro é a Fundação de Amparo à Pesquisa do estado.”
Entre as atividades que estão sendo afetadas, está o convênio com a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear. O equipamento que protege o supercomputador utilizado na pesquisa de oscilações de energia, o nobreak, quebrou em novembro e não há dinheiro para substituí-lo. Segundo Egberto, o Comitê Rio 2016 utilizou um nobreak semelhante nos Jogos Olímpicos e pode doar o equipamento. No entanto, ainda não há previsão para que a doação seja realizada e o supercomputador possa ser religado com segurança. Outro projeto afetado pela falta de recursos é a construção de um prédio para o Centro de Estudos Multidisciplinares de Obesidade.
Além disso, assim como muitos servidores do estado, os professores, pesquisadores, bolsistas e técnicos da Uerj estão sem receber os vencimentos integrais desde novembro. Segundo o sub-reitor, a Uerj não recebe os R$ 13 milhões mensais de custeio desde agosto, e pagamentos de empresas terceirizadas e contas como energia elétrica e água estão atrasados.
A Secretaria de Estado de Fazenda reconhece que, "em meio à gravíssima situação financeira do estado", foi repassado 65% do orçamento total da Uerj em 2016.
Com informações de Vinícius Lisboa, da Agência Brasil
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Print Paulo Pinto/Agência Brasil"
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