Logo após as mortes em uma unidade prisional em Roraima, o presidente Michel Temer lamentou o episódio e se solidarizou com o povo do estado. Em nota, o Palácio do Planalto informou que Temer ligou para a governadora, Suely Campos, para colocar à disposição os meios federais em ações de segurança pública. Segundo o documento, a governadora agradeceu, mas informou que a situação já está sob controle.
Em coletiva de imprensa sobre o novo Plano Nacional de Segurança Pública, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, foi questionado sobre a situação carcerária no estado.
O novo Plano Nacional de Segurança Pública vai focar em três eixos: integração, cooperação e colaboração. Segundo o ministro, o plano é realista e o governo não vai prometer ações que não pode cumprir. A iniciativa prevê a redução anual de 7,5% no número de homicídios nas capitais e em municípios próximos. De acordo com o governo, 209 cidades concentram 54% dos homicídios do país. Esses municípios são capitais e regiões metropolitanas.
Outra medida trata da separação de presos pelo grau de periculosidade. A ideia é separar detentos que ameaçam a sociedade e que praticaram crimes graves daqueles que são réus primários e praticaram delitos sem violência.
Também segundo dados do governo, de cada 100 presos no Brasil, 42 ainda aguardam julgamento. Por isso, o plano também prevê a análise da situação desses detentos e a realização de mutirões para agilizar os processos. A iniciativa ainda tem como objetivo a redução da superlotação em 15% até 2018 e a criação em cada unidade da federação de um núcleo integrado de inteligência formado pelas polícias Federal, Rodoviária Federal, Militares e Civil e integrantes do Sistema Penitenciário.
* Matéria atualizada às 17h17 para retirada de informação sobre ida do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para Roraima. A viagem foi cancelada.
