O Tribunal Regional Federal da Segunda Região vai julgar nesta quarta-feira se Adriana Ancelmo deve continuar em prisão domiciliar.
O Ministério Público Federal pede que a mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral volte a cumprir prisão preventiva no complexo penitenciário em Bangu, na zona oeste do Rio.
Ela foi liberada para aguardar o julgamento em casa pela 7ª Vara Federal Criminal, por ter filhos menores de 12 anos de idade. O recurso elaborado pelo Ministério Público afirma que as causas que deram origem à sua prisão permanecem e ainda se tornaram mais robustas.
O advogado de defesa de Adriana Ancelmo, Alexandre Lopes no entanto diz que a prisão domiciliar é um direito de sua cliente.
Segundo a nota enviada pelo Ministério Público, a prisão preventiva é essencial para encerrar a prática de lavagem de dinheiro, crime usualmente cometido com o uso de telefone e acesso à internet.
Apesar de a justiça ter proibido que Adriana Ancelmo tenha acesso a meios eletrônicos, a acusação diz que a difícil fiscalização torna evidente o risco de ela movimentar patrimônio oculto.
A ex-primeira dama do estado responde por corrupção e lavagem de dinheiro na organização criminosa supostamente chefiada por Sérgio Cabral. O advogado de defesa, Alexandre Lopes, diz que ela nega as acusações.
Presa no início de dezembro do ano passado, Adriana Ancelmo foi levada para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da cidade.
No dia 17 de março, a sétima Vara Federal Criminal determinou a prisão domiciliar dela, mas a medida foi suspensa pela segunda instância e a substituição da prisão preventiva somente foi autorizada após decisão do Superior Tribunal de Justiça no dia 24 de março.