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Atalaia do Norte tem um dos maiores números de casos de hepatite D no mundo

Amazonas
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Otto Farias
23/05/2017 - 09:29
Tabatinga, Amazonas

O município de Atalaia do Norte (AM) foi contemplado com o Programa de Combate as Hepatites Virais, da Secretaria de Saúde do Estado. Com mais de 18 mil habitantes, a cidade tem cerca de 370 pessoas com hepatite B.


A região é considerada endêmica para a doença, como explica a secretária de Saúde do município, Jucélia Graça.


"Nós vivemos em uma região endêmica de hepatites virais em Atalaia do Norte.” A secretária acrescentou que Atalaia do Norte é um dos municípios campeões mundiais em hepatites Delta (hepatite D).


Jucélia Graça qualificou o número de casos como “assustador, um número que preocupa.”


A hepatite Delta, ou D, não é muito conhecida e nunca vem sozinha. Ela depende da contaminação pelo tipo B da doença para se desenvolver. A transmissão e prevenção também são similares as do tipo B, porém não há vacina contra a hepatite D.


Ainda segundo, Jucélia Graça, o município recebeu um aparelho que vai agilizar os exames. "Uma das conquistas para esse plano é o aparelho de elastografia, que a regional do Alto Solimões recebeu.”, trata-se de um aparelho de ultrassom que investiga a situação do fígado do paciente.


A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, bactérias ou uso de alguns remédios, álcool e drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.


A doença é silenciosa e não apresenta sintomas. Mas, alguns sinais são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.


No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as A, B e C, e podem ser prevenidas com cuidados básicos de higiene e o uso de preservativos durante as relações sexuais, por exemplo.


Também é possível se vacinar contra as hepatites A e B. O Ministério da Saúde oferece vacina contra o tipo B nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra a hepatite A nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais.


Não existe vacina contra o tipo C da doença, considerado o mais perigoso dos três.

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