O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal no Distrito Federal, ouviu nessa quinta-feira (22) a ex-presidenta Dilma Rousseff e outras testemunhas no processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por tráfico de influência.
Além de Lula, são investigados o filho dele, Luiz Cláudio Lula da Silva; e o casal Cristina e Mauro Marcondes.
De acordo com o Ministério Público, Mauro foi contratado para intermediar a compra de jatos suecos Grippen pelo governo brasileiro, em 2013. A acusação afirma que Mauro se valeu da proximidade com Lula para prometer que o ex-presidente convenceria a então presidenta Dilma Rousseff a escolher os caças do modelo Grippen.
No depoimento, Dilma afirmou que a escolha dos caças foi técnica.
Outro caso julgado na mesma ação penal foi a edição de uma medida provisória, também em 2013, que acabou beneficiando o setor automobilístico.
De acordo com Dilma, a finalidade da medida era ampliar as receitas do governo, mas uma série de emendas parlamentares propôs o contrário, ao conceder anistia a multas e desonerar diferentes setores. Uma das emendas prorrogava incentivos fiscais para as montadoras de carros, em vigor desde 1999 e não foi vetada.
Nesta sexta-feira, o juiz Vallisney Oliveira vai ouvir o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro, que poderá permanecer em silêncio. O empresário foi indicado em outra ação penal, como testemunha de defesa do doleiro Lúcio Funaro, investigado por participar de um esquema de cobrança de propina na Caixa Econômica Federal.
Nessa ação, também são investigados os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, que estão presos, e também o ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, e o ex-sócio de Funaro, Alexandre Margotto.
* Matéria atualizada para complemento de informações.