História Hoje: Massacre que transformou Hitler em "juiz supremo" completa 83 anos
Uma série de execuções políticas – fora da instância jurídica oficial da Alemanha –, foi comandada por Adolf Hitler, em 30 de junho de 1934 e ficou batizada como a Noite das Facas Longas ou Noite dos Longos Punhais.
A expressão foi inspirada em um verso de uma canção da SA em que o tema principal é a realização desse massacre.
O extermínio de 30 de junho foi um divisor de águas no governo da Alemanha e transformou Hitler em: "o juiz supremo do povo alemão", como ele mesmo declarou em seu discurso no Reichstag, em 13 de julho de 1934.
Durante as articulações da chacina da Noite das Facas Longas, a operação recebeu o codinome "colibri", escolhido aleatoriamente, mas que se tornou a palavra-chave para iniciar a operação.Uma expressão doce para esconder a elaboração de uma de ação bárbara.
Muitas lideranças mortas pertenciam a organização paramilitar conhecida como os "camisas pardas". Os alvos da chacina foram os membros da facção liderada por Gregor Strasser. Entre as vítimas estavam o próprio Gregor e antinazistas conservadores como o ex-chanceler Kurt von Schleicher e Gustav Ritter von Kahr.
Adolf Hitler se revoltou contra o líder da SA, Ernst Röhm. Além de temer a independência daquela facção com mais de três milhões de integrantes, Hitler não aceitava o apoio que Röhm oferecia à ideia de uma "segunda revolução" para redistribuir a riqueza na sociedade alemã.
Sob diversos aspectos os interesses de Röhm chocavam-se com os do Reichswehr, em especial os do marechal Paul von Hindenburg, na época, presidente da Alemanha.
Röhm, a quem acusavam de ter aspirações de derrubar o regime nazista, vinha instigando uma revolta no povo alemão, para forçar a queda de Adolf Hitler.
Com isso, Hitler, então chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares. Ao invés disso, eliminou autoridades máximas da SA, assim como todos os inimigos políticos.
Ao menos 85 pessoas morreram e milhares de opositores políticos foram presos. A maioria das mortes foi causada pela SS – um grupo de elite especial –, e pela Gestapo – a polícia secreta alemã.