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ONG criada por Betinho tenta na Justiça manter local da sede no Rio

Direitos Humanos
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Raquel Júnia
15/06/2017 - 11:03
Rio de Janeiro

A Organização Não Governamental Ação da Cidadania entrou na justiça nesta quarta-feira (14) para pedir a manutenção da sua sede no Galpão Dom Pedro II, conhecido como Galpão da Cidadania, na zona portuária do Rio.

 

A ONG recebeu ordem de desejo do local no ultimo dia 17 de maio e o prazo se encerra no próximo dia 17 de junho.

 

Criada por Herbert de Souza, o Betinho, a ONG ocupa o espaço, que pertence à união, desde os anos 2000. A ação foi realizada com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Rio de Janeiro, a OAB Rio.


A prefeitura quer utilizar o local para instalar o Museu da Escravidão, no entanto, a Ação da Cidadania tem desde 2012 um projeto de criar no mesmo espaço, o Memorial da Diáspora Africana.

 

Segundo a ONG, o processo para garantir o termo de posse definitivo do imóvel junto à Secretaria de Patrimônio da União já estava na última etapa quando a Secretaria Municipal de Cultura solicitou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, que o galpão fosse cedido para a construção do Museu da Escravidão.

 

O termo de posse definitivo é o único passo que falta para que a Ação da Cidadania consiga formalizar as parcerias para instalação do Memorial. A organização afirma que já investiu no local cerca de R$ 15 milhões.


Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de cultura informou à Agência Brasil que cabe ao governo federal decidir a destinação do imóvel.

 

Já o Iphan, informou que o processo de cessão do galpão à Ação da Cidadania tramitava há dez anos sem desfecho e, diante da ideia da prefeitura de implantar no local o Museu da Escravidão, o órgão concordou que lá também abrigasse o Centro de Referência do Cais do Valongo, cujo processo é o único do qual o Iphan participa.

 

Com informações de Alana Gandra da Agencia Brasil.

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