A Justiça Federal autorizou o doleiro Lúcio Funaro a continuar na Superintendência da Polícia Federal em Brasília até o dia 11 de agosto. Na decisão, o juiz Vallisney Oliveira atendeu a um pedido do Ministério Público Federal.
Segundo os procuradores, Funaro precisa continuar na carceragem para prestar novos esclarecimentos sobre fatos decorrentes das operações Sépsis e Cui Bono, nas quais ele é suspeito de ter praticado crimes.
Esta é a terceira vez que é adiada a transferência de Funaro da superintendência para o presídio da Papuda, no DF. Ele está preso desde julho do ano passado e estava na penitenciária, mas foi levado para a carceragem no início do mês para ficar à disposição dos investigadores.
O doleiro é apontado como testemunha-chave em processos que envolvem o deputado cassado Eduardo Cunha e ex-ministros do governo de Michel Temer, como Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima. Há rumores de que Funaro estaria negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
A Operação Sépsis apura irregularidades no Fundo de Investimento do FGTS. Já a Cui Bono investiga fraudes em operações financeiras autorizadas pela vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias e pela vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal.
*Post alterado às 15h30 de 28/07/17 para inclusão de matéria consolidada.
